segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Seco seca

a Glauber C. Rocha*

Seca do sertão
vista do meu mundo
pela televisão.

Seca
seco.

Ver,
não é sentir.
Saber,
não é sentir.

Seca
seco.

No meu mundo
apenas a imagem
distorcida.

Seca
seco.

Não é o sertão.
É imagem de televisão.
Seca.

Vista assim,
Seco.




Músicas para os ouvidos:
Leitura para os olhos:
Sertões - E. da Cunha
Vidas Secas - G. Ramos
Grande Sertão Veredas - G. Rosa


*Glauber Rocha, bahiano, recém-amigo, recém-irmão.Uma pessoa incrível. Uma inspiração. Dedico, com todo carinho de uma irmã um pouco mais velha, mas que nem parece tanto assim, este escrito-solto-bobo-curto-seco. De uma menina da CapitaR do país ao menino do sertão da Bahia. Que me abriu os olhos e ensinou muitas coisas em tão pouco tempo. Já o adotei, meu irmão de coração.

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