domingo, 30 de maio de 2010

Ai-de-verbos em-mente.

Pensar demasiadamente
e esquecer.

Falar exageradamente
sem dizer.

Ler exaustivamente
sem compreender.

Ver,
ouvir,
sentir...

superficialmente
NÃO (a)profund-a-mente!

Ah...

faça-me um favor(?!)
de não me fazer favor algum.

-

Well
it's a big big city
and
it's always the same.
Just this.

terça-feira, 18 de maio de 2010

-

Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens.


[J. Guimarães Rosa]

domingo, 16 de maio de 2010

Só por achar

Por achar
que tinha importância,
acabou tendo.

Desesperos, desilusões
deslizes e decepções...
só por achar, acabou sendo.

Por achar, acreditou.
Por acreditar, foi...

(des)ilusão,
(in)felicidade,
paixão.

Tudo isso
só por achar.
As exigências que, com respeito ao homem, têm as mulheres contemporâneas, são a causa de que as heroínas dos romances de nossa época se entreguem de uma paixão a outra, deixem um amor por outro, numa dolorosa luta para alcançar um ideal inacessível: a harmonia da paixão e a afinidade espiritual, a conciliação entre o amor e a liberdade, a união nascida do companheirismo e da independência recíproca. (...) A realidade presente engana todas essas mulheres, ansiosas por encontrar um amor perfeito e cheio de harmonia. Implacavelmente, têm que romper os laços do amor e partir novamente em busca da realização de seu sonho. É que estas infatigáveis sonhadoras esquecem que o que buscam, atualmente, com tanto afã, só poderá realizar-se em um futuro longínquo, quando os homens modelarem de novo suas almas, quando os homens chegarem a assimilar organicamente a idéia de que em toda a união amorosa, o primeiro lugar corresponde ao companheirismo e à liberdade.

[Alexandra Kolontai, A nova mulher e a moral sexual. São Paulo, Expressão Popular, 2007. p. 107.]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Trecho: Arnaldo Antunes.

Se perde se não se ganha se pede se não se ganha se
perde se não se acha procura se não se acha se perde se
não segura se prende se não segura se perde se não se
ganha se pede.


[As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1998. p. 79.]

Navegantes-apaixonados

Amar é



mar-és.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Brasília em um click!

Foto típica, mas com um outro olhar (ou não?!). rsrs



[Legenda: "Tem uma nuvem negra assombrando o Congresso" - Cecília Siqueira]

Meu complemento:
Há uma nuvem assombrando o mundo, as pessoas...a humanidade!
[...]


Foto: Luna Moreno.
[Final do ano passado!]
(Máquina do celular, por isso essa qualidade toda. rs)

Click!

Meu registros fotográficos pelos caminhos que passei...
(dando uma de fotógrafa)


[Legenda: Quase um cartão postal! Jan/2009]



[Legenda: Elevador Lacerda - Salvador/BA Jan/2009]



[Legenda: Uma das praias do Morro de São Paulo/BA - Jan/2009]





Fotos por Luna Moreno (sou eu!), feitas por uma máquina qualquer...
E o mérito todo para as paisagens e um pitada de sorte de quem as tirou! (;

sábado, 8 de maio de 2010

Poemas Visuais - Arnaldo Antunes

"Invento"


"Metade"

"Vejo Miro"

Site: http://www.arnaldoantunes.com

Trecho: Arnaldo Antunes.

...às vezes acredito em mim, mas às vezes não
às vezes tiro o meu destino da minha mão
talvez eu corte o cabelo
talvez eu fique feliz
talvez eu perca a cabeça
talvez esqueça e cresça
[...]
talvez precise de colchão, talvez baste o chão
talvez no vigésimo andar, talvez no porão
talvez eu mate o que fui
talvez imite o que sou
talvez eu tema o que vem...


[Arnaldo Antunes]

Poema-bobagem (ou não?!)

Ao extremo:
Ora vivendo, ora morrendo
por fora e por dentro
Enlouquecendo!


Na medida:
Quanto?
Nem mais, nem menos.
Na medida, por favor!



Quase uma promesa:
Nunca mais fazer, dizer
e escrever isso!

[03/05/2010]

-

Penso, penso, penso...quase enlouqueço. Faço um nó.
Por um minuto, sinto que tudo ficou claro. E uma decisão está tomada.
Esta que juro que não terá volta e nem desistência.
Basta apenas passar mais um minuto, para não saber mais nada...

[02/05/2010]

-

Queria amar (não) loucamente...

nem digo que loucamente,
muito menos amar, necessariamente.

A sensação de amar,
de enlouquecer por amor...


BASTAR-ME-IA!

[01/05/2010]

Crítica de um poema, um poema de uma crítica

"A poesia é o inutensílio. A única razão de ser da poesia é que ela faz parte daquelas coisas inúteis da vida que não precisam de justificativa. Porque elas são a própria razão de ser da vida. Querer que a poesia tenha um porquê, querer que a poesia esteja a serviço de alguma coisa é a mesma coisa que querer que o orgasmo tenha um porquê, que a amizade e o afeto tenham um porquê. A poesia faz parte daquelas coisas que não precisam de um porquê." (Paulo Leminski)


Quantas ideias,
sugestões,
temas

para um poema,
até mesmo dois
ou mais...

mas poemas não
foram feitos para serem
pensados, idealizados...

Tão pouco para
terem uma
reflexão genial,
uma lição
ou moral.

Porque se assim for,
não será um poema
e sim mais uma lição
ou moral de um mero texto
normal e/ou banal.

[30/04/2010]

Existencialismo, a existencialista!

I
Nada torna-se TUDO
Quase é CERTEZA
Preocupação, desespera até
quem não tem culpa.
As certezas vão com o vento,
tranformando-se em dúvidas...
Não há mais um equílibrio,
talvez nunca o tivesse(?).
Oscila entre os extremos
Sem saber se é ou não tudo aquilo!
Sem, necessariamente, excluir
Talvez somar...

II
O que
se sabe,
se passa,
se ouve
são meras palavras,
estas que trazem e levam
tudo aquilo que acha que foi,
tudo aquilo que
é!
[20/12/2009]
[Editada em 13/05/2010]

Ser como uma dança?!

Gosto de pensar que posso ser como uma dança!
Podendo ter toda a sua variedade e de certo modo ser:
Ora clássica, ora contemporânea. E por que não folclórica?

Penso o quão bom é ser livre, livre para ser tudo aquilo que quer, que pode ser. Assim como a própria dança: poder mover-se com os sons interiores e exteriores, com os ares, e até mesmo com as pessoas.

Confesso fugir de tudo aquilo que quer me prender ou que me prende!

Eu quero viver, eu quero poder viver...eu quero dançar! Dançar sem parar, até que a música do meu ser não me deixe mais dançar!

(28/11/2009)

Em um guardanapo... (escritos - soltos viram poema)

O que mais se encontra...

Palavras
[fragmentadas
Sentidos
[confusos
Sentimentos
[falsos
Pessoas
[perdidas
E(m) si!

[Luna - 04/11/2009]

Em um guardanapo... (escritos - soltos)

Me sentia presa. Não conseguia escrever nem se quer uma palavra. De certo modo, não queria escrever. Nem tentava. Mas precisava. E eu sabia. Então uma tentativa. Em vão? Não sei.Pensava que só poderia escrever o que sentia. E não é preciso escrever e falar só de sentimentos. Não precisa, de fato, senti-los. Posso inventá-los...
(04/11/2009)

Em um guardanapo... (no pensar)

Estava eu, sentada, ouvindo música, num café do shopping, esperando a hora passar...e pensativa. Naquele mesmo momento, entre vários pensamentos com sentido e sem sentido, me veio uma vontade enorme de escrever... em um guardanapo. Eu sei, parece tolo, e é tolo. Só que nada saia no papel. Um branco total... Não sei se pelo excesso de coisas a escrever ou pela falta momentânea delas.E então escrevi qualquer palavra. Dessa palavra surgiu diversas outras, e quando fui ver já não era mais um guardanapo, e sim vários outros.[...]

( 04/11/2009)

Salut!

Mais uma tentativa de escrever algumas coisas pensadas, ditas, lidas e ouvidas por mim.
Espero conseguir mantê-lo, e assim me manter, também, ativa na escrita/leitura!
Desativei o outro blog. Não estava organizado como queria. Na verdade, não estava de jeito nenhum como queria que estivesse...

No mais, sem mais...
Vamos dar início a este blog. rs
Respire fundo e vamos às leituras (ou não) do blog!