sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fim de ano, já é ano novo.

Fim de ano, alguns "fazem" retrospectivas, outros reclamam daquilo tudo que não fez, fazem planos, promessas, e é sempre o mesmo comentário: "Nossa, como passou rápido!". E passou mesmo. As coisas que foram feitas, mas sem muito sucesso, são fracassos. As realizadas com sucesso, são vitórias. E as que importam. Aliás, o que importam? É fim de ano.
Fim de ano, tudo parece ter sido congelado, pertencer a um passado, não ter mais importância, ou foi o melhor ano, lembra daquilo lá? Como foi bom. É, até que não foi um ano ruim. É fim de ano.

Fim de ano? Nada. Já desdenhamos por demais ele. Não prestou, passou. Valeu a pena, passou. Já é ano novo. Planos, promessas, desejos, rezas, anotações... tudo certinho. Já é ano novo!
(Ainda era dezembro, mas não. Não era dezembro, era fim de ano. Muitos não o viveram, era fim de ano. Passou. E agora? Restaram algumas reclamações, muitas metas e promessas.)

Chega! Nada de fim de ano, porque já é ano novo. Hora de pensar nas metas. As mesmas que fizemos (e muitos anotam). Sim, maioria não cumprida. Então, é meta de novo. Vamos empurrando, quem sabe em 2059, eu consiga cumpri-las?

O fato é, a maioria nunca estará satisfeita e nunca será o momento certo de fazer o que tem se que fazer. As coisas se resumem apenas no que deu certo e errado, não tem meio termo, assim como parece não ter "meio ano". Dividem o ano em "Início e fim". Esquece de seu meio. Todo esforço, luta, aqueles dias longos e meses... nunca iam passar. Passaram! Meio de ano? Nada. É fim de ano, não, não. Já é ano novo!

Então:
Tchau, 2010. Que venha 2011!

FELIZ ANO NOVO!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Versos que te quero, meu amor!

Pensei na loucura, no amor, nos versos. Olhei bem, reparei o que podia, sonhei com tudo. Escutei cada reclamação, elogio, declaração, testemunho, conversas. Não que eu quisesse, mas não dependia de nenhum esforço pessoal. Foi natural. Reparei tudo. Não. Quase tudo. Te deixei passar. Te esqueci. Li sobre a loucura, o amor, li versos. Me apaixonei! Quero escrever... Não, não! Quero ler! Quer saber, eu quero mesmo é você, loucura dos versos de amor!


O que era não é mais.

Pensei mais do que podia. E me senti presa, limitada. E livre, livre. Presa. Como uma ave numa gaiola aberta.
Meu coração falou mais alto, e quase saiu pela boca. Na verdade, acho que saiu. Hoje não sei bem o que sinto. Ora um lamento, ora um consolo, ora... NADA!
Tudo que pensei que fosse não é mais. Tudo que queria que fosse, mentira, ilusão da minha cabeça tola. Queria pisar mais firme, e voar menos. Não, não. Talvez queria voar o mais longe possível, mas com os meus pés firmes no chão. Meus olhos não veem mais, estão perdidos por aí. Queria enxergar, mas fiquei cega. Não vi mais com o coração, apenas pensei demais. E já não sentia o que via, nem mais meu coração, murchou. Mas o vazio se preencheu. Hoje sou mais eu!

Constante a pensar. O coração a bater num ritmo inconstante. E os meus olhos? Não sei onde estão. Mas sei que ainda hei de encontrá-los por aí.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A liberdade, sim, a liberdade!


A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!
A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim…

A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!
Passos todos passinhos de criança…
Sorriso da velha bondosa…
Apertar da mão do amigo sério…
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!
Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-me no púcaro velho de ao pé do pote.
Da casa do campo da minha velha infância…
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?


ÁLVARO DE CAMPOS
17/ 8/ 1930


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Seco seca

a Glauber C. Rocha*

Seca do sertão
vista do meu mundo
pela televisão.

Seca
seco.

Ver,
não é sentir.
Saber,
não é sentir.

Seca
seco.

No meu mundo
apenas a imagem
distorcida.

Seca
seco.

Não é o sertão.
É imagem de televisão.
Seca.

Vista assim,
Seco.




Músicas para os ouvidos:
Leitura para os olhos:
Sertões - E. da Cunha
Vidas Secas - G. Ramos
Grande Sertão Veredas - G. Rosa


*Glauber Rocha, bahiano, recém-amigo, recém-irmão.Uma pessoa incrível. Uma inspiração. Dedico, com todo carinho de uma irmã um pouco mais velha, mas que nem parece tanto assim, este escrito-solto-bobo-curto-seco. De uma menina da CapitaR do país ao menino do sertão da Bahia. Que me abriu os olhos e ensinou muitas coisas em tão pouco tempo. Já o adotei, meu irmão de coração.

O fim do começo.

Fim de ano
já é ano novo.
Não seria fim de ano velho?

Fim de semana
já é início de semana.

Fim do dia,
é início da noite,
início de outro dia.

Fim dos tempos,
é um novo tempo!

Fim de um poema,
ponto final.

Começa tudo de novo.


Dizia Seu Raul:
"o fim, o início e o meio"

E o tempo passou

Passa-tempo

tempo passa.

Infância, biscoito

velhice chegando.

Trecho: Céu



Que é só mais um lamento entre tantos já feitos
quisera desse jeito lembrar de outros tempos
só pra matar um pouco a saudade
mesmo assim querendo que você não ouça
meu grito aqui de longe
minha dor,
meu lamento.




Mais um lamento
(Composição: Danilo Moraes / Céu)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Renato Borghetti - Mercedita

Acabo de voltar do show de Renato Borghetti!
Foi incríveeeel! (:




Cada dia mais apaixonada pelo som do acordeon. (:

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Esperar por que(m)?

Vivo nessa ansiedade
que me consome
por dentro
por fora

na espera
de algo
de alguém
de ninguém.

Na espera
de não ter mais
que esperar
por nada e
por ninguém!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Trecho: Los Hermanos

Deixa ser.
Como será.
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.




[ou não!]

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mané e o Sonho, por Carlos Drummond de Andrade





"A necessidade brasileira de esquecer os problemas agudos do país, difíceis de encarrar, ou pelo menos de suavizá-los com uma cota de despreocupação e alegria, fez com que o futebol se tornasse a felicidade do povo. Pobres e ricos param de pensar para se encantar com ele. E os grandes jogadores convertem-se numa espécie de irmãos da gente, que detestamos ou amamos na medida em que nos frustram ou nos proporcionam um prazer de um espetáculo de 90 minutos, prolongado indefinidamente nas conversas e mesmo na solidão da lembrança.
Mané Garrincha foi um desses ídolos providenciais com que o acaso veio ao encontro das massas populares e até dos figurões responsáveis periódicos pela sorte do Brasil, ofertando-lhes o jogador que contrariava todos os princípios sacramentais do jogo, e que no entando alcançava os mais deliciosos resultados. Não seria mesmo uma indicação de que o país, desesperado para o destino glorioso que ambicionamos, também conseguia vencer suas limitações e deficiências e chegar ao ponto de grandeza que nos daria individualmente o maior orgulho, pela extinção de antigos complexos nacionais? Interrogação que certamente não aflorava ao nível da consciência, mas que podia muito bem instalar-se no subterrâneo do espírito de cada patrício inquieto e insatisfeito consigo mesmo, e mais ainda com o geral da vida.
Garrincha, em sua irresponsabilidade amável, poderia, quem sabe?, fornecer-nos a chave de um segredo de que era possuidor e que ele mesmo não decifrava, inocente que era da origem do poder mágico de seus músculos e pés. Divertido, espontâneo, inconsequente, com uma inocência que não excluía espertezas institivas de Macunaíma - nenhum modelo seria mais adequado do que esse, para seduzir o povo que, olhando em redor, não encontrava os sérios heróis, os santos miraculosos de que necessita no dia-a-dia. A identificação da sociedade com ele fazia-se naturalmente. Garrincha não pedia nada a seus admiradores; não lhes exigia sacrifícios ou esforços mentais para admirá-lo e segui-lo, pois de resto não queria que ninguém o seguisse. Carregava nas costas um peso alegre, dispensando-nos de fazer o mesmo. Sua ambição ou projeto de vida ( se é que, em matéria de Garrincha, se pode falar em projeto ) consistia no papo de botiquim, nos prazeres da cama, de que resultasse o prezer de novos filhos, no descompromisso, afinal, com os valores burgueses da vida.
Não sou dos que acusam os dirigentes do esporte, clubes, autoridades civis e torcedores em geral da ingratidão para com Garrincha. Na própria essência do futebol profissional se instalam a ingratidão e a injustiça. O jogador só vale enquanto joga, e se jogar fino. Não lhe perdoam a hora sem inspiração, a traiçoeira indecisão de um segundo, a influência de problemas pessoais sobre o comportamento na partida. É pago para deslumbrar a arquibancada e a cadeira importante, para nos desanuviar a alma, para nos consolar dos nossos malogros, para encobrir as amarguras da Nação. Ele julga que entrou em campo a fim de defender o seu sustento, mas seu negócio principal será defender milhões de angustiados presentes e ausentes contra seus fantasmas particulares ou coletivos. Garrincha foi um entre muitos desses infelizes, dos quais só se salva um ou outro predestinado, com uma estrela na testa, como Pelé.
A simpatia nacional envolveu Mané em todos os lances de sua vida, por mais desajustaada que fosse, e isso já é alguma coisa que nos livra de ter remorso pelo seu final triste. A criança grande que ele não deixou de ser foi vitimada pelo germe da autodestruição que trazia consigo: faltavam-lhe defesas psicológicas que acudissem ao apelo de amigos e fãs. Garrincha, o encantador, era folha ao vento. Resta a maravilhosa lembrança de suas incríveis habilidades, que farão sempre sorrir quem as recordar. Basta ver um filme dos jogos que ele disputou: sente-se logo como o corpo humano pode ser instrumento das mais graciosas criações no espaço, rápidas como o relâmpago e duradouras na memória. Quem viu Garrincha atuar não pode levar a sério teorias científicas que revêem a parábola inevitável de uma bola e asseguram a vitória - que não acontece.
Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho."

_______________________________________________

Publicado no Jornal do Brasil, em 22 de janeiro de 1983, dois dias após a morte do craque.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Traduzir-se Ferreira Gullar

Parafraseando a aula de OPT, Ferreira Gullar:



TRADUZIR-SE




Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

domingo, 24 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

II Simpósio de Crítica de Poesia Contemporânea


Evento acontece na UnB nos dias 8, 9 e 10 de novembro
Neste ano, na semana de extensão da nossa Universidade de Brasília , dias 8, 9 e 10 de novembro, teremos um Simpósio de Crítica de Poesia Contemporânea. A inscrição para o evento poderá ser realizada pelo site da semana de extensão, http://semana2010.unb.br , e as pré-inscrições, pelo e-mailsimposiodepoesia@gmail.com.

Não haverá qualquer tipo de pagamento de inscrição em dinheiro. No dia 8/11 você poderá ajudar, doando um livro de poesia em bom estado para efetivar a inscrição.

Além do evento em na universidade, teremos uma abertura solene, no auditório do museu da República, dia 8 de novembro, às 19h, com um espetáculo do grupo de poesia Vivoverso, em homenagem aos 50 anos da capital federal e ao compositor e cantor Oswaldo Montenegro, que já confirmou presença!

Divulgue nosso evento, chame os amigos, é aberto ao público!

Você poderá encontrar mais informações em nosso perfil no Twitter, @poesiaunb , ou acessando ao blog do Vivoverso http://vivoverso.blogspot.com/ !

Serviço:

II Simpósio de Crítica de Poesia Contemporânea: Olhares e lugares
Para mais informações:
Twitter: @poesiaunb
Blog: http://vivoverso.blogspot.com/
Telefone: 9247-7627 (Daniela, monitora-chefe)


[Fonte: Mais Brasília]

Bolinha de Papel - João Gilberto

Homenagem ao dia NACIONAL da Bolinha de papel - Graças ao candidato José Serra! (risos)

Ao som da música "Bolinha de Papel" de João Gilberto:





[Ideia tirada do Blog: Luis Nassif]

O perigo da BOLINHA DE PAPEL: O sensacionalismo BARATO!

SBT mostra que Serra foi atingido por bolinha de papel

http://www.youtube.com/watch?v=IZEaxdlxpVU&feature=player_embedded [Matéria do SBT]

21/10/2010 12:34, Por Redação, com Carta Maior - do Rio de Janeiro

O telejornal matinal da rede de TV SBT, nesta quinta-feira, exibe toda a sequência dos fatos ocorridos em Campo Grande, na tarde passada, e mostra que Serra foi atingido, na realidade, por uma bolinha de papel e só foi colocar as mãos à cabeça 20 minutos depois, após conversar com alguém pelo telefone. A reportagem deixa no ar se Serra teria simulado um ferimento para explorar o caso eleitoralmente.

As imagens exibidas pela SBT e a entrevista do médico oncologista Jacob Kligerman, na qual afirma não ter havido nenhuma espécie de ferimento, colocam em xeque a necessidade da suposta tomografia que o candidato tucano teria realizado.

O baixo nível da campanha presidencial, antes restrito aos boatos e mentiras divulgados pela internet, às pregações de certas igrejas e ao noticiário de parte da grande mídia – além dos programas eleitorais, é claro – chegou finalmente às ruas. Consequência inevitável. O tumulto no bairro de Campo Grande, entre simpatizantes das candidaturas de Serra e Dilma, tem que ser condenado e preocupar as coordenações das duas campanhas, pois pode se repetir e causar maiores danos para ambos. E para o país.

Entretanto, é preciso relatar os fatos como eles aconteceram, e entre os telejornais exibidos na noite desta quarta-feira 20, parece que apenas o SBT Brasil conseguiu mostrar toda sequência dos acontecimentos. Na matéria fica claro que o objeto que atingiu a cabeça do candidato foi uma simples bolinha de papel. Não foi uma pedra, nem um rolo de papel, nem um rolo de adesivos – versão final comprada pelos jornais do dia – como publicaram os principais portais de notícias, na véspera.

Segundo a matéria exibida pelo SBT, Serra percebeu que recebera o golpe do objeto e olhou para o chão para identificá-lo. Depois, prosseguiu a atividade em meio ao tumulto sem nenhum dano físico aparentar, com interrupções para entradas e saídas de uma loja e do veículo que o havia conduzido ao local. Passados 20 minutos, segundo o SBT, ele recebeu um telefonema – veja na tela – e imediatamente pôs as mãos à cabeça. Só então decidiu interromper a caminhada.

Em seguida, contou o telejornal, Serra foi levado a um hospital e submetido a uma tomografia. Na tevê, surge o médico que o atendeu, a dizer que não houve ferimento, mas que havia recomendado ao candidato repouso por 24 horas. Ato contínuo, Serra suspendeu o restante da sua agenda do dia.

[Fonte: Correio Do Brasil]


Repercussão no twitter mostra como ficamos preocupados, afinal, milhares de crianças/adolescentes se "acidentam" com bolinhas de papel!

"Pra quem diz que foi professor deveria estar acostumado a levar bolinha de papel na cabeça."

"O exame de “bolística” determinou que o projétil saiu de um chumaço de Maxprint, calibre A4."

"Quando a criançada da 5ª série descobrir que tomar bolinha de papel garante 24h de repouso vai ser uma festa"

"EU NÃO RESISTO: PT pretende ataques surpresa tipo cavalo de tróia com origami, e aéreo com aviõezinhos"

"Tão ou+ grave q a bolinha d adesivo foi o assassinato do eleitor petitsta no AC por 1 adesivo!+disso ngm fala!http://goo.gl/Cukm"



Entre tantos outros: Tags #SerraRojas #boladepapelFACT

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

C-a-o-s

Cabeça,
mente,
corpo.

Sentimentos!

Fusões...

Achar,
Concordar,
Ter certeza.

NÃO!
Nunca foi... e se fosse?

É O CAOS!

UnB: Terças Feministas, Hierarquia dos sexos

"Quinzenalmente, na UnB, acontece o Terças feministas, onde, professoras especialistas na área de estudos feministas dão palestras. O objetivo é estimular o debate em torno da construção hierárquica que a sociedade faz entre os dois sexos. O Terças Feministas é organizado pelas seguintes professoras: Tânia Navarro Swain, do Departamento de História (HIS/UnB); Tânia Montoro, da Faculdade de Comunicação (FAC/UnB) e Liliane Machado, da Faculdade de Comunicação da Universidade Católica de Brasília. A participação é gratuita, mas exige inscrições prévias. O próximo encontro será em 19 de outubro. O local e horário só serão divulgados aos inscritos.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Universidade de Brasília"





terça-feira, 31 de agosto de 2010

Trecho: Albert Camus

Vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro.
Não espere o juízo final.
Ele realiza-se todos os dias.

domingo, 4 de julho de 2010

O tempo da travessia

Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas

que já tem a forma do nosso corpo
esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia
e se não ousarmos fazê-la
teremos ficado para sempre
à margem de nós mesmos.
[Fernando Teixeira Andrade]

CHEGOU!
Por um momento pensei que nunca fosse chegar.
Desesperada e desanimada, já fiquei.
Por vezes pensei em desistir,
falava uma coisa,
e agia com incoerência.
Então desistir de dizer...
Até que o tempo da travessia chegou.
E enfim... Todas as coisas
que me incomodavam e atrapalhavam
foram deixadas de lado,
tornando-se passados.
Nem pensei e nem falei.
Simplesmente... elas se foram.
E hoje só pertencem a um passado.

Trecho: Janis Joplin

Largue-se
e você será
muito mais
do que
jamais

sonhou
ser.

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago (16/09/1922 - 18/06/2010)


Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.


E o mundo Saramago percorreu...
foi e é um pouco do mundo
e o mundo foi e é um pouco dele.


[Luto]

terça-feira, 1 de junho de 2010

Trecho: Cartola.

Ai, se eu tivesse autonomia
Se eu pudesse gritaria
Não vou, não quero!
Escravizaram, assim, um
pobre coração
É necessária a nova abolição
Pra trazer de volta a minha
liberdade



[Autonomia - Cartola]

Caetano Veloso - Dom de iludir



Você sabe explicar
Você sabe
Entender tudo bem
Você está
Você é
Você faz
Você quer
Você tem...


Caetanear o que há de bom!
[músicas e mais músicas]

domingo, 30 de maio de 2010

Ai-de-verbos em-mente.

Pensar demasiadamente
e esquecer.

Falar exageradamente
sem dizer.

Ler exaustivamente
sem compreender.

Ver,
ouvir,
sentir...

superficialmente
NÃO (a)profund-a-mente!

Ah...

faça-me um favor(?!)
de não me fazer favor algum.

-

Well
it's a big big city
and
it's always the same.
Just this.

terça-feira, 18 de maio de 2010

-

Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens.


[J. Guimarães Rosa]

domingo, 16 de maio de 2010

Só por achar

Por achar
que tinha importância,
acabou tendo.

Desesperos, desilusões
deslizes e decepções...
só por achar, acabou sendo.

Por achar, acreditou.
Por acreditar, foi...

(des)ilusão,
(in)felicidade,
paixão.

Tudo isso
só por achar.
As exigências que, com respeito ao homem, têm as mulheres contemporâneas, são a causa de que as heroínas dos romances de nossa época se entreguem de uma paixão a outra, deixem um amor por outro, numa dolorosa luta para alcançar um ideal inacessível: a harmonia da paixão e a afinidade espiritual, a conciliação entre o amor e a liberdade, a união nascida do companheirismo e da independência recíproca. (...) A realidade presente engana todas essas mulheres, ansiosas por encontrar um amor perfeito e cheio de harmonia. Implacavelmente, têm que romper os laços do amor e partir novamente em busca da realização de seu sonho. É que estas infatigáveis sonhadoras esquecem que o que buscam, atualmente, com tanto afã, só poderá realizar-se em um futuro longínquo, quando os homens modelarem de novo suas almas, quando os homens chegarem a assimilar organicamente a idéia de que em toda a união amorosa, o primeiro lugar corresponde ao companheirismo e à liberdade.

[Alexandra Kolontai, A nova mulher e a moral sexual. São Paulo, Expressão Popular, 2007. p. 107.]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Trecho: Arnaldo Antunes.

Se perde se não se ganha se pede se não se ganha se
perde se não se acha procura se não se acha se perde se
não segura se prende se não segura se perde se não se
ganha se pede.


[As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1998. p. 79.]

Navegantes-apaixonados

Amar é



mar-és.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Brasília em um click!

Foto típica, mas com um outro olhar (ou não?!). rsrs



[Legenda: "Tem uma nuvem negra assombrando o Congresso" - Cecília Siqueira]

Meu complemento:
Há uma nuvem assombrando o mundo, as pessoas...a humanidade!
[...]


Foto: Luna Moreno.
[Final do ano passado!]
(Máquina do celular, por isso essa qualidade toda. rs)

Click!

Meu registros fotográficos pelos caminhos que passei...
(dando uma de fotógrafa)


[Legenda: Quase um cartão postal! Jan/2009]



[Legenda: Elevador Lacerda - Salvador/BA Jan/2009]



[Legenda: Uma das praias do Morro de São Paulo/BA - Jan/2009]





Fotos por Luna Moreno (sou eu!), feitas por uma máquina qualquer...
E o mérito todo para as paisagens e um pitada de sorte de quem as tirou! (;

sábado, 8 de maio de 2010

Poemas Visuais - Arnaldo Antunes

"Invento"


"Metade"

"Vejo Miro"

Site: http://www.arnaldoantunes.com

Trecho: Arnaldo Antunes.

...às vezes acredito em mim, mas às vezes não
às vezes tiro o meu destino da minha mão
talvez eu corte o cabelo
talvez eu fique feliz
talvez eu perca a cabeça
talvez esqueça e cresça
[...]
talvez precise de colchão, talvez baste o chão
talvez no vigésimo andar, talvez no porão
talvez eu mate o que fui
talvez imite o que sou
talvez eu tema o que vem...


[Arnaldo Antunes]

Poema-bobagem (ou não?!)

Ao extremo:
Ora vivendo, ora morrendo
por fora e por dentro
Enlouquecendo!


Na medida:
Quanto?
Nem mais, nem menos.
Na medida, por favor!



Quase uma promesa:
Nunca mais fazer, dizer
e escrever isso!

[03/05/2010]

-

Penso, penso, penso...quase enlouqueço. Faço um nó.
Por um minuto, sinto que tudo ficou claro. E uma decisão está tomada.
Esta que juro que não terá volta e nem desistência.
Basta apenas passar mais um minuto, para não saber mais nada...

[02/05/2010]

-

Queria amar (não) loucamente...

nem digo que loucamente,
muito menos amar, necessariamente.

A sensação de amar,
de enlouquecer por amor...


BASTAR-ME-IA!

[01/05/2010]

Crítica de um poema, um poema de uma crítica

"A poesia é o inutensílio. A única razão de ser da poesia é que ela faz parte daquelas coisas inúteis da vida que não precisam de justificativa. Porque elas são a própria razão de ser da vida. Querer que a poesia tenha um porquê, querer que a poesia esteja a serviço de alguma coisa é a mesma coisa que querer que o orgasmo tenha um porquê, que a amizade e o afeto tenham um porquê. A poesia faz parte daquelas coisas que não precisam de um porquê." (Paulo Leminski)


Quantas ideias,
sugestões,
temas

para um poema,
até mesmo dois
ou mais...

mas poemas não
foram feitos para serem
pensados, idealizados...

Tão pouco para
terem uma
reflexão genial,
uma lição
ou moral.

Porque se assim for,
não será um poema
e sim mais uma lição
ou moral de um mero texto
normal e/ou banal.

[30/04/2010]

Existencialismo, a existencialista!

I
Nada torna-se TUDO
Quase é CERTEZA
Preocupação, desespera até
quem não tem culpa.
As certezas vão com o vento,
tranformando-se em dúvidas...
Não há mais um equílibrio,
talvez nunca o tivesse(?).
Oscila entre os extremos
Sem saber se é ou não tudo aquilo!
Sem, necessariamente, excluir
Talvez somar...

II
O que
se sabe,
se passa,
se ouve
são meras palavras,
estas que trazem e levam
tudo aquilo que acha que foi,
tudo aquilo que
é!
[20/12/2009]
[Editada em 13/05/2010]

Ser como uma dança?!

Gosto de pensar que posso ser como uma dança!
Podendo ter toda a sua variedade e de certo modo ser:
Ora clássica, ora contemporânea. E por que não folclórica?

Penso o quão bom é ser livre, livre para ser tudo aquilo que quer, que pode ser. Assim como a própria dança: poder mover-se com os sons interiores e exteriores, com os ares, e até mesmo com as pessoas.

Confesso fugir de tudo aquilo que quer me prender ou que me prende!

Eu quero viver, eu quero poder viver...eu quero dançar! Dançar sem parar, até que a música do meu ser não me deixe mais dançar!

(28/11/2009)

Em um guardanapo... (escritos - soltos viram poema)

O que mais se encontra...

Palavras
[fragmentadas
Sentidos
[confusos
Sentimentos
[falsos
Pessoas
[perdidas
E(m) si!

[Luna - 04/11/2009]

Em um guardanapo... (escritos - soltos)

Me sentia presa. Não conseguia escrever nem se quer uma palavra. De certo modo, não queria escrever. Nem tentava. Mas precisava. E eu sabia. Então uma tentativa. Em vão? Não sei.Pensava que só poderia escrever o que sentia. E não é preciso escrever e falar só de sentimentos. Não precisa, de fato, senti-los. Posso inventá-los...
(04/11/2009)

Em um guardanapo... (no pensar)

Estava eu, sentada, ouvindo música, num café do shopping, esperando a hora passar...e pensativa. Naquele mesmo momento, entre vários pensamentos com sentido e sem sentido, me veio uma vontade enorme de escrever... em um guardanapo. Eu sei, parece tolo, e é tolo. Só que nada saia no papel. Um branco total... Não sei se pelo excesso de coisas a escrever ou pela falta momentânea delas.E então escrevi qualquer palavra. Dessa palavra surgiu diversas outras, e quando fui ver já não era mais um guardanapo, e sim vários outros.[...]

( 04/11/2009)

Salut!

Mais uma tentativa de escrever algumas coisas pensadas, ditas, lidas e ouvidas por mim.
Espero conseguir mantê-lo, e assim me manter, também, ativa na escrita/leitura!
Desativei o outro blog. Não estava organizado como queria. Na verdade, não estava de jeito nenhum como queria que estivesse...

No mais, sem mais...
Vamos dar início a este blog. rs
Respire fundo e vamos às leituras (ou não) do blog!