Quem diria que a pessoa que mais condenava gritarias, escândalos, extravagâncias, brigas violentas, hoje estaria fazendo-as, até pior das que já havia visto e escutado? E não de maneira cega, sem pensar nas consequências - até se pensa, mas com cabeça quente e coração amargurado. Quisera que tudo pudesse ser apagado/ esquecido assim de uma hora para outra. Porém depois de tê-los feito, só o passar dos dias, semanas, meses e anos para que o transtorno causado seja ao menos 'esfriado', e transformado como um péssimo ato, sem mais tanto valor ou dor.
Há uma aflição nos sentimentos, considerações, respeito, e tudo aquilo que se tem e que precisa para a permanência e evolução de uma relação, além do ar de "o que estão pensando?". Confiança perdida. Sentimentos desgastados. Energias desperdiçadas.
E ao pensar com calma e cabeça no lugar, 'perturba' a ideia de pedir desculpas (um meio sempre eficiente, quando sincero, porém quando pedido assim sem tantos argumentos ou no calor da emoção, soa apenas como falsidade) e tentar levar como se nada tivesse acontecido ou fingir que já está numa boa, (ah!) assim como o tal "me dê uma chance para que tudo seja diferente", e na verdade, ser bem pior, e terem consequências ainda mais terríveis.
Querer que explicações sejam justificativas, e que elas tenham razão, não faz mais sentido, nunca fez. É, tem coisas que só o tempo, mesmo. Até porque explicá-las como consequências de outros atos e um "sofrimento" contido e amargurado, não as amenizam, e sendo franca, não justifica.
O meu papel também não é dizer aqui se foi certo ou errado, se faz sentido, nem me redimir, mas sim de repensar tudo que aconteceu nestes últimos dias, meses, e dar um ponto final para poder recomeçar, para poder me recuperar, me renovar. E cultivar o melhor que posso oferecer às pessoas que realmente quero ao meu lado.
Agora não posso negar que ainda estou chorosa com tudo, não mais pelo o que senti, mas pela forma como agi. E sendo ainda mais franca, por ter chegado onde cheguei. Não quero isso mais!